segunda-feira, 17 de abril de 2017

Filho de crente não é (necessariamente) crente

"Filho de peixe peixinho é"? Se estivermos falando de filhos de crentes, nem sempre! Muitos jovens estão dentro das denominações porque seus pais os carregam à tiracolo até lá. Entretanto, quando saem daqueles ambientes voltam a ser quem realmente são. Aqueles que veem, digamos, uma adolescente de "saia até os pés" dentro da igreja e depois de shortinho na rua podem até ficar perplexos, mas, na verdade, tudo é muito simples de entender: filho de crente não é necessariamente crente; crentes são os convertidos ao Evangelho.



Isto é importante esclarecer, pois desfaz uma verdadeira confusão na cabeça de muitos que se escandalizam pelo fato de verem o filho do pastor, ou o neto do ancião, por exemplo, agirem de um modo dentro da igreja e de outro distinto fora dela, no seu dia a dia. Precisamos ter a maturidade de compreender que ser parente de um crente não torna ninguém crente.

Com efeito, por mais que muitos tenham nascido em "berço cristão", isto não significa que todos sejam convertidos: a conversão é algo que demora anos a acontecer. Não ignoremos que somos seres humanos e que passamos por diversas fases de autoconhecimento, aprendizado, aquisição de cultura etc. Ademais, é bem melhor um jovem demorar, mas depois seguir firme na igreja, do que começar bem e mais tarde se desviar por falta de estrutura espiritual.

Portanto, não cobremos de tais pessoas o que elas ainda não tem obrigação de nos dar. Filho de crente não é (necessariamente) crente. Não até que se converta ao Evangelho.